Como ver as informações de privacidade de aplicativos na App StoreVocê permite que os dados do seu celular sejam rastreados?

As ideias fazem parte da Privacy Sandbox, uma iniciativa do Google para criar ferramentas para anunciantes com mais respeito à privacidade. Segundo a empresa, “estas soluções limitarão o compartilhamento de dados dos usuários com terceiro e operarão sem identificadores entre apps, incluindo a ID de anúncios”. A companhia diz ainda que estuda tecnologias para reduzir o potencial de coleta de dados disfarçada e melhores integrações com SDKs de anunciantes. As propostas do Google estão disponíveis no site do Android para desenvolvedores. É possível ver como cada uma delas funciona e dar feedback.

Google cutuca Apple por política de privacidade

O Google está chegando depois na discussão de impedir que aplicativos e anunciantes rastreiem usuários, mas isso não impede a empresa de querer sentar na janelinha. E, é claro, sobrou para a principal concorrente da empresa em sistemas móveis: a Apple. No texto publicado nesta quarta (16), o Google diz que restringir de maneira brusca as tecnologias atualmente usadas por desenvolvedores e anunciantes tem resultados piores tanto para a privacidade quanto para os negócios. A empresa não cita nomes, mas foi mais o menos o que a Apple fez. Desde o iOS/iPadOS 14.5, os aplicativos de iPhone ou iPad são obrigados a perguntar se o usuário autoriza o rastreamento. Caso recuse, eles não podem acessar o identificador do aparelho, que era usado para entregar propagandas mais personalizadas. A mudança, claro, desagradou anunciantes e redes sociais. No último período de divulgação de resultados financeiros, a Meta — dona de Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger — disse que essas medidas “alteraram como anúncios funcionam”. Ficou mais difícil fazer campanhas direcionadas, e as companhias precisam gastar mais com campanhas genéricas para públicos maiores. Colocando em números: a estimativa é uma queda em US$ 10 bilhões nas receitas da Meta em 2022 só por causa da nova política da Apple. Voltando ao Google, é importante ter em mente que, para a gigante das buscas, os anunciantes importam muito mais do que para a Apple. Muito mais mesmo: 81% das receitas da Alphabet vêm de propagandas no Google e no YouTube. Não é por acaso, portanto, que o Google está tomando mais cuidado para não desagradar nem atrapalhar anunciantes. E isso não é só na questão do rastreamento no Android.

Cookies, FLoC e Topics

Outro debate sobre privacidade diz respeito aos cookies, pequenos trechos de código usados para identificar usuários na internet. Vários navegadores já implementaram bloqueios a cookies de terceiros — isto é, de sites que não são o que você está visitando no momento. É o caso de Safari, Firefox, Brave e Edge, entre outros. E o plano é ir além e encerrar o suporte a esse recurso. O Chrome, do Google, não apresenta esse bloqueio por padrão, mas pretende proibir essas ferramentas a partir de 2023. A empresa, aliás, tentou promover o FLoC (sigla em inglês para aprendizado federado de coortes) como substituto dos cookies, mas a iniciativa recebeu críticas de Microsoft e Mozilla. Por enquanto, a companhia apresentou uma alternativa: o Topics, que separa usuários por interesses amplos. Assim, eles não são identificados, mas anunciantes ainda conseguem direcionar suas propagandas. Assim como as mudanças no Android anunciadas hoje, o Topics faz parte da iniciativa Privacy Sandbox. Com informações: Google.

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