Solar Orbiter filma “serpente” que atravessou o Sol a 170 km/sMecanismo por trás do vento solar pode estar em região com “ponto cego”
O buraco na atmosfera superior do Sol foi descrito por pesquisadores como algo “semelhante a um desfiladeiro”. Como outros do tipo, consiste em uma área onde o plasma (gás ionizado e, portanto, carregado eletricamente) de nossa estrela é menos quente e denso do que em outras regiões. Essa diferença na temperatura faz com que essas regiões menos densas pareçam pretas, em contraste com a cor clara do Sol. Ao redor desses buracos, as linhas do campo magnético da estrela se estendem em direção ao espaço. Uma vez que as partículas carregadas interagem fortemente com campos magnéticos, buracos como este seguem a mesma direção das linhas magnéticas que apontam para o espaço. Assim, o material solar é direcionado para fora, na direção dos planetas do Sistema Solar. Isso é normal, mas, às vezes, essa torrente de plasma ejetado está apontada para a Terra. Quando entra em contato com nosso campo magnético, o fluxo é desviado para além da órbita do planeta; porém, muitas vezes uma parte dessa matéria atravessa a atmosfera perto dos polos, onde a magnetosfera da Terra é mais fraca. Assim, as partículas solares se tornam uma tempestade geomagnética e agitam as moléculas de oxigênio e nitrogênio da atmosfera, fazendo com que energia na forma de luz seja liberada. Essa luz forma as auroras polares, principalmente as boreais (do hemisfério Norte). No caso da potencial tempestade geomagnética desta quinta ou sexta-feira, os pesquisadores preveem um evento de pequeno porte, ou seja, uma tempestade fraca (G-1, na classificação de intensidade). Ela pode causar pequena instabilidade nas redes elétricas e prejudicar algumas funções de satélites, mas nada preocupante. Fonte: spaceweather.com; via: Space.com