Expectativa de vida volta a subir pela 1ª vez em alguns países pós-covidVacina da covid-19 evitou a morte de mais de 63 mil idosos nos primeiros 8 meses

“Caso o Brasil não tivesse vivenciado uma crise de mortalidade no ano de 2021, a expectativa de vida ao nascer seria de 77 anos para o total da população, um acréscimo de exatos 2 meses e 26 dias em relação ao valor estimado para o ano de 2020 (76,8 anos)”, afirma o IBGE em nota técnica. Considerando apenas as mulheres brasileiras, a expectativa de vida é de 80,5 anos em 2021, segundo dados das Tábuas de Mortalidade do IBGE. Para os homens, a média caí para 73,6 anos.

Por que o IBGE não considera a covid-19 na expectativa de vida no Brasil?

Conforme explica o IBGE, os dados sobre a expectativa de vida dos brasileiros de 2020 também desconsideraram o impacto da pandemia da covid-19 na mortalidade da população. Entre os argumentos, está o fato de que “a crise sanitária provocada pela covid-19 elevou os óbitos em 2020 e 2021. No entanto, é muito pouco provável que a elevação nos óbitos se mantenha nos anos seguintes”, pontua o instituto. Afinal, o entendimento é que, com o controle da pandemia e vacinação em massa e atualizada, o nível de mortalidade retorne ao patamar pré-crise, dando continuidade a uma trajetória de aumento da expectativa média de vida no Brasil. Além disso, o instituto explica que “para que os efeitos observados da pandemia da covid-19 estejam refletidos nas Tábuas de Mortalidade é necessária uma alteração metodológica com relação à forma como o IBGE vem calculando suas Tábuas”, o que não foi realizado. Fora do Brasil, alguns países analisam a expectativa de vida considerando a pandemia. Neste caso, a maioria apresentou queda na média de anos vividos, como efeito da alta mortalidade provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2. Em 2021, um dos únicos países a representar aumento na expectativa foi a Noruega, segundo levantamento internacional. Fonte: IBGE