Em um post no próprio Facebook, Zuckerberg diz: “O mundo está ansioso e dividido, e o Facebook tem muito trabalho a fazer, seja protegendo nossa comunidade de abusos e ódio, se defendendo contra a interferência de governos, ou se assegurando de que o tempo gasto no Facebook seja bem gasto”. O desafio para 2018, portanto, é “corrigir esses problemas importantes”.
Ele anda bem filosófico (lembra daquele textão?), comentando sobre a centralização causada pela tecnologia. Há alguns contraexemplos que ficaram em voga nos últimos tempos, como as criptomoedas, que tiram as autoridades (os bancos centrais) do controle e o coloca na mão das pessoas. Mas Zuckerberg admite que essa não é a regra: “Nos anos 90 e 2000, a maioria das pessoas acreditava que a tecnologia seria uma força descentralizadora. Mas hoje, muitas pessoas perderam a fé nessa promessa. Com o surgimento de um pequeno número de gigantes de tecnologia — e governos utilizando a tecnologia para monitorar seus cidadãos — muitas pessoas agora acreditam que a tecnologia apenas centraliza o poder em vez de descentralizá-lo”. O Facebook é obviamente uma dessas gigantes de tecnologia: a empresa já tem valor de mercado de US$ 536 bilhões, mais que outras empresas tradicionais, como Intel (US$ 207 bilhões) ou IBM (US$ 150 bilhões). De qualquer forma, Zuckerberg promete “estudar os aspectos positivos e negativos dessas tecnologias [criptografia e criptomoedas], e como usá-las da melhor forma em nossos serviços”. Fato é que 2017 foi bem complicado para o Facebook com relação a abusos, ódio e interferência de governos. A rede social estimou que 10 milhões de americanos visualizaram anúncios russos para manipular as eleições, contratou uma equipe só para filtrar vídeos violentos e precisou desenvolver vários recursos para combater notícias falsas. Com informações: The Verge, Recode