Eis tudo o que sabemos sobre exoplanetas — até agoralExoplaneta com disco de gás ao redor pode ser um dos mais jovens já descobertos

Após observar Júpiter pela primeira vez, o KPF voltou seus “olhos” para outros sistemas estelares. “Observar o primeiro espectro astronômico do KPF foi uma experiência comovente”, disse Andrew Howard, o principal investigador do instrumento. “Estou animado para usá-lo para estudar a grande diversidade de exoplanetas e diferenciar os mistérios da formação e evolução deles, até chegarem ao estado atual”, finalizou. A ideia para criar o instrumento surgiu em 2014, quando astrônomos estavam procurando meios de melhorar os instrumentos que procuram exoplanetas com o método da velocidade radial. Neste método, o instrumento observa a “oscilação” das estrelas, causada pela gravidade de algum planeta que pode estar na órbita dela. O método permite determinar a massa do planeta com maior precisão, já que, quanto mais massivo for, maior é a oscilação. Assim, os dados do KPF podem ser comparados àqueles obtidos por outros instrumentos que trabalham com método do trânsito, em que eles observam a diminuição da luz da estrela enquanto o planeta passa à frente dela. Quando estiver operando com sua capacidade total em 2023, o KPF deverá conseguir identificar o movimento estelar de apenas 30 cm/s, que poderá revelar planetas menores afetando suas estrelas. Além de encontrar novos mundos, o instrumento poderá revelar também a composição de milhares de exoplanetas já conhecidos. A equipe do novo instrumento planeja usá-lo para investigar 50 das estrelas mais próximas da Terra, em busca de exoplanetas próximos da nossa vizinhança local. Quando iniciar suas operações primárias, o novo “caçador de exoplanetas” deverá revelar detalhes interessantes destes mundos distantes — e alguns podem, inclusive, se tornar candidatos para observações diretas com o telescópio James Webb. Fonte: Caltech