Casos de pressão alta aumentaram mais cedo do que se pensava durante a pandemiaPressão alta aumenta riscos de declínio na saúde óssea
Para entender melhor essa relação, os pesquisadores usaram uma técnica que usa variantes genéticas como proxies para um fator de risco específico (neste caso, pressão arterial) para obter evidências genéticas. O estudo indica que entre 30% e 60% da pressão arterial é causada por fatores genéticos, e mais de 1.000 polimorfismos genéticos de nucleotídeo único estão associados. Basicamente, eles ajudam a prever a resposta de uma pessoa a certos medicamentos, a suscetibilidade a fatores ambientais e seu risco de desenvolver doenças. A análise revelou que a pressão arterial diastólica (o valor mais baixo, ligada ao relaxamento do coração) teve efeitos causais significativos no comportamento neurótico (mais de 90%). Mas por que exatamente isso pode acontecer? Segundo a pesquisa, a pressão arterial liga o cérebro e o coração e, portanto, o que pode promover o desenvolvimento de traços de personalidade. É claro que, pelo menos por enquanto, isso é apenas uma hipótese. Os autores do estudo explicam que os indivíduos neuróticos podem ser sensíveis às críticas dos outros, muitas vezes são autocríticos e desenvolvem facilmente ansiedade, raiva, preocupação, hostilidade, autoconsciência e depressão. “O comportamento neurótico é visto como um fator causal chave para transtornos de ansiedade e humor. Indivíduos com neuroticismo experimentam com mais frequência alto estresse mental, o que pode levar a pressão arterial elevada e doenças cardiovasculares”, escrevem os cientistas por trás do estudo. Fonte: Science Blog