Exoplanetas mortais: conheça 5 mundos que seriam fatais para o ser humanoQual o planeta mais frio que conhecemos?

Até poucas décadas atrás, os planetas do Sistema Solar eram os únicos conhecidos, e foi somente no início da década de 1990 que uma equipe de astrônomos descobriu o primeiro exoplaneta. Em 1992, Aleksander Wolszczan e Dale Frail estavam estudando o pulsar PSR B1257+12 que, de tempos em tempos, parava de emitir seus pulsos de luz. Conforme estudaram o objeto, eles concluíram que o pulsar tinha dois planetas, que o orbitavam a cada 67 e 98 dias, respectivamente. Aquela foi a primeira vez em que planetas foram confirmados ao redor de uma estrela além do Sol. Hoje, há mais de cinco mil exoplanetas confirmados somente em nossa galáxia, e o número de novos planetas descobertos segue crescendo.

Quantos planetas existem por aí?

Os astrônomos não determinaram ainda um número exato de exoplanetas que devem existir no universo. Alguns estudos sugerem entre 100 e 200 bilhões de planetas somente na Via Láctea, mas este número não deve ser visto como uma estimativa do total deles, e sim a menor quantidade possível desses mundos apenas em nossa galáxia. Se considerarmos cálculos que levam em conta planetas externos como os do Sistema Solar, chegaríamos a um total de dez trilhões de planetas na Via Láctea — isso sem considerar os planetas órfãos, aqueles que não orbitam estrela alguma. Ao incluí-los, o número pode chegar a até 10¹⁹ planetas. Até aqui, estamos falando de trilhões de possíveis planetas somente na Via Láctea. Como já sabemos que existem pelo menos outras 200 bilhões de galáxias no universo, podemos estimar então que existam 10²⁵ exoplanetas orbitando estrelas — ou, se preferir, 10.000.000.000.000.000.000.000.000 mundos no universo observável.

Como os cientistas encontram planetas fora do Sistema Solar?

A maioria dos exoplanetas são encontrados por meio do chamado método do trânsito, em que telescópios como o Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) observam estrelas em busca de pequenas diminuições no brilho delas, causadas por planetas passando à sua frente. Com a curva de luz da estrela, os cientistas conseguem determinar a inclinação da órbita do planeta que a orbita e seu tamanho. Em 1999, pesquisadores observaram o primeiro planeta usando este método. Já outros são encontrados pelo método da velocidade radial. Também conhecido como método da oscilação, esta técnica trabalha com o sistema gravitacional formado pelo planeta e sua estrela, medindo a variação na luz emitida por ela quando o planeta dá um “puxão” gravitacional enquanto passa mais próximo dela em sua órbita. Esta pequena oscilação pode ser identificada por meio de desvios na frequência da luz da estrela. Se a estrela estiver se movendo em direção ao observador, o espectro da luz dela será levemente desviado para o azul; caso ela esteja se afastando, o desvio será para o vermelho. Assim, ao identificar mudanças periódicas no espectro da luz da estrela, os astrônomos podem suspeitar que há algum planeta na órbita daquele astro.