Como carregar o celular corretamente [e mais rápido]Como saber a vida útil da bateria do Android [ciclos de carga]
A tal tecnologia estaria sendo desenvolvida pela Samsung SDI, divisão da companhia coreana que produz de pequenas baterias a baterias que equipam veículos elétricos. Nos veículos elétricos, é comum que as células da bateria sejam empilhadas. Já nas baterias que equipam smartphones e outros dispositivos móveis, as células são acondicionadas no formato “jelly roll”, ou seja, são enroladas como se formassem um “rocambole”. A imagem mais abaixo dá uma ideia bastante clara de como esse processo é feito. Estima-se, porém, que se baterias para dispositivos móveis seguirem o processo de empilhamento de células, os fabricantes poderão elevar a capacidade desses componentes sem, no entanto, aumentar as suas dimensões físicas. É verdade que a expansão de capacidade não seria muito expressiva no início, devendo ficar em algo próximo a 10%. Isso faria uma bateria de 5.000 mAh ter 5.500 mAh, por exemplo. Apesar de não ser grande, essa diferença inicial poderia aumentar a autonomia do celular para algo entre duas e cinco horas, dependendo do padrão de uso do dispositivo. Há outras possíveis vantagens: a tecnologia que a Samsung está supostamente desenvolvendo faria o tempo de vida útil da bateria aumentar também em cerca de 10% e poderia reduzir os custos de fabricação do componente, detalhe que, teoricamente, faria celulares terem mais autonomia sem que houvesse aumento de preços por conta desse aspecto. Entre os fatores que propiciam essas vantagens está a menor resistência interna da bateria em relação ao processo de enrolamento. Essa diferença tende a fazer baterias com empilhamento gerarem menos calor nos ciclos de carga e descarga, o que ajuda a elevar a vida útil do componente. Como o uso do espaço interno é mais otimizado, tem-se ainda uma capacidade maior.
Quando essas baterias serão realidade?
Se baterias com células empilhadas são tão vantajosas assim, basta a Samsung começar a fabricá-las e estará tudo resolvido, certo? Infelizmente, não é tão simples assim. Para começar, esse tipo de tecnologia precisa ser bem testado antes da sua adoção massiva em dispositivos móveis. Além disso, a Samsung precisa adaptar as suas fábricas, processo que não é fácil, muito menos barato. Em resumo, convém não esperarmos que esse tipo de bateria apareça já nos próximos meses. Mas dá para manter boas expectativas: a Samsung estaria preparando uma linha de produção piloto para a tecnologia em sua fábrica de Tianjin, na China. Uma fábrica da empresa em Seul, na Coreia do Sul, também estaria sendo preparada para esse fim. Um valor equivalente a US$ 85 milhões deverá ser investido pela companhia na adaptação dessas plantas. Quem sabe não tenhamos novidades já na linha Galaxy S23? Com informações: SamMobile, The Elec.