Menos gastão
Para tentar mostrar que dá pra funcionar bastante coisa do gadget sem utilizar muita energia, a Qualcomm criou uma plataforma de baixíssimo consumo energético, um avanço considerável quando comparado com o atual modelo do mercado, Wear 2100 e que a própria fabricante diz que é uma versão miniaturizada da plataforma de processadores para smartphones. Em tecnês, o novo chip utiliza um processador ARM Cortex A7 de quatro núcleos e que trabalha em até 1,2 GHz, que “permitem que os consumidores apreciem a beleza de um relógio com a potência de um smartwatch, a duração de bateria de um relógio para esportes com a riqueza de um smartwatch e a utilidade de um relógio analógico com a flexibilidade de um smartwatch”, diz a empresa. Um coprocessador chamado QCC1110 é o responsável por tarefas que demandam menos energia, como exibir a hora e algumas notificações, sem muitas interações com a tela ou sem acompanhar exercícios físicos. Tudo isso foi feito em parceria com o próprio Google, que é quem cria o sistema operacional Wear OS (ex-Android Wear) e que ajudou o processo de criação do novo silício para funcionar em três novas funções: modo ambiente para dar mais cores e contraste na tela, melhor experiência para o usuário que pratica esportes e um modo que transforma o relógio inteligente em um relógio tradicional, com objetivo de durar mais quando a bateria está acabando. O que mais importa é o último passo, que tenta solucionar o problema de duração da bateria – sem tocar na ideia do Pebble Time Steel e seus 10 dias de autonomia, com a tela ligada em 100% do tempo, ou no Amazfit Bip que tem quase um mês de autonomia, também com tela ligada o tempo todo. A Qualcomm promete que se você ligar o modo que transforma o smartwatch em apenas um mostrador de horas, o produto poderá durar até 30 dias com apenas uma carga. Se você ligar este modo quando estiver com 20% de carga, terá ainda uma semana de hora sendo mostrada – o que é muito melhor do que uma tela desligada, sem qualquer função e que está presa no seu pulso.
Mais fôlego do que antes
Comparando com o que consegue a geração anterior, o Wear 3100 é capaz de durar de 4 até 12 horas extras com usuários que utilizam Wi-Fi, Bluetooth, comandos de voz e reprodução de MP3 em fones de ouvido. Não soluciona o problema, mas dá um remédio para tentar ser melhor. O modo para prática de esportes também tem a energia como foco e promete 15 horas seguidas de GPS ligado, com base em um smartwatch que tem bateria de 450mAh. No começo, as marcas Fossil Group, Louis Vuitton e Montblanc garantiram produtos com este novo processador e a Qualcomm criou três variantes do novo chip para produtos diferentes, sendo um focado em modelos com suporte para 4G/LTE, relógios para práticas de esportes e que tem GPS, além de dispositivos mais simples e que são focados apenas em Bluetooth e Wi-Fi. A produção em massa do componente já está sendo feita e os primeiros modelos equipados com a novidade devem chegar para o Natal. Com informações: Qualcomm.