Hawking nasceu em 8 de janeiro de 1942, em Oxford, na Inglaterra. Aos 22 anos, foi diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma doença degenerativa progressiva que paralisa os músculos do corpo e não tem cura. Estatisticamente, a morte ocorre até três anos após o diagnóstico, devido à perda da capacidade respiratória. Mas Hawking continuou contribuindo com a ciência por décadas em sua cadeira de rodas com respirador artificial e um computador com sintetizador de voz.
Entre as contribuições de Hawking estão os teoremas de singularidade (em colaboração com o matemático Roger Penrose), que tentavam responder quando a gravidade produzia singularidade (um ponto no espaço-tempo em que a massa seria infinita, o volume seria zero e o tempo pararia); e, talvez o mais importante (e controverso) de todos, a ideia de que buracos negros emitem radiação térmica, perdendo energia e, consequentemente, desaparecendo do universo. No final de sua vida, Hawking gerou algumas polêmicas no meio científico. Em 2004, anunciou que resolveu o paradoxo da informação, uma ideia de que as informações das partículas que caem nos buracos negros são eventualmente destruídas para sempre. No entanto, ele nunca demonstrou sua hipótese por meio de cálculos. E, em 2014, chegou a afirmar que os buracos negros podem não existir, também sem apresentar embasamento matemático. Duas coincidências que todos estão destacando: Hawking nasceu exatamente 300 anos depois da morte de Galileu (8 de janeiro de 1642) e morre no mesmo dia do nascimento de Einstein (14 de março de 1879). Descanse em paz, Stephen Hawking. Com informações: BBC, New York Times, The Guardian.